O ex-embaixador do Panamá na OEA (Organização dos Estados Americanos) Guillermo Cochez afirmou no Twitter nesta quarta-feira (27) que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está morto. O diplomata é um crítico do governo venezuelano.
"O presidente Chávez está morto há quatro dias. Ele estava com morte cerebral desde 30 ou 31 de dezembro. Seus filhos decidiram desconectar [os aparelhos]", escreveu em sua conta no microblog.
Em entrevista à "Univisión", emissora de TV sediada nos Estados Unidos que transmite programação em espanhol, Cochez se negou a falar quem é a sua fonte de informação, mas afirmou que se trata de alguém do próprio governo de Chávez.
Também pelo Twitter, o diplomata desafia o governo da Venezuela a mostrar o presidente vivo. "Desafio o governo não a me questionar - isso ele faz a todo o instante -, mas a mostrar Chávez à Venezuela e ao mundo. Não poderão fazer isso", postou no Twitter.
Horas depois, o ex-embaixador voltou a fazer provocações por meio da rede social. "Seis horas após a notícia sobre a morte de Chávez [ter sido divulgada], ainda não o mostraram vivo. Será que farão isso?", escreveu.
No fim da noite desta quarta, um artigo publicado no site da rede de TV estatal da Venezuela ataca Guillermo Cochez. "O advogado panamenho parece gostar de ser o centro das atenções ao divulgar constantes mentiras", afirma o texto. De acordo com o artigo, foi o ex-embaixador que divulgou há pouco mais de um mês a suposta imagem de Hugo Chávez entubado. A foto foi publicada na capa do jornal espanhol "El País". O periódico acabou paralisando a distribuição da edição do jornal e se retratando do erro.
De acordo com a "Univisión", no mês passado, o governo do Panamá ordenou a demissão de Guillermo Cochez depois que ele discutiu com o representante venezuelano na organização, Roy Chaderton, durante reunião da OEA em Washington (EUA). Na ocasião, ele afirmou que a democracia do país estava "doente".
Na última terça-feira (26), o vice-presidente, Nicolás Maduro, informou que Chávez continuava com dificuldades respiratórias, mas "está dando ordens e trabalhando por seu povo". "Ele pode dar ordens porque é o chefe da revolução e porque estamos absolutamente subordinados à sua liderança", afirmou por meio do canal de televisão estatal.
O presidente de 58 anos voltou à Venezuela no último dia 18 depois de passar mais de dois meses em Havana (Cuba), onde se submeteu à quarta operação para o tratamento de um câncer diagnosticado em 2011. O anúncio do retorno foi feito pelo Twitter. "Chegamos de novo à Pátria venezuelana. Obrigado Deus meu!! Obrigado povo amado!! Aqui continuaremos o tratamento".
Reeleito para a Presidência do país, Chávez não pôde tomar posse para o mandato 2013-2019, em 10 de fevereiro, devido a sua situação de saúde. O Tribunal Superior de Justiça (TSJ) aprovou, um dia antes da data prevista para a juramentação, que o ato fosse postergado e ainda a continuidade do Executivo liderado pelo vice-presidente. (Com agências internacionais)
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