Colonia Babado Novo

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Brasileiro escapou de ataque e voltou ao local para ajudar vítimas




Em seu primeiro dia em Barcelona, o médico carioca Bernard Giancristoforo Campos, 26, caminhava pelas Ramblas em direção ao mercado La Boqueria na hora do atentado terrorista desta quinta-feira (17), que matou pelo menos 13 pessoas e feriu 100. "Foi quando ouvimos uma gritaria bem na nossa frente e vimos uma van branca vindo em nossa direção", conta. Campos estima que o veículo estivesse a cerca de 10 metros dele quando percebeu a confusão e que precisaria correr. Ele e o amigo buscaram abrigo em uma cafeteria e se esconderam atrás do balcão "para entender o que estava acontecendo." "Depois de 10 a 15 minutos, eu mandei um áudio para a minha mãe para avisar do atentado, que a minha bateria ia acabar e eu ia sair para ajudar as pessoas de lá." O médico diz que faltavam equipamentos de socorro para a quantidade de feridos. As ambulâncias demoravam a chegar. "Eu levei uma menina da Ásia, acho, deve ter uns 30 anos, para o hospital. Eu segurando a cabeça dela como um colar cervical e pedindo para fazer soro porque ela estava politraumatizada." Depois do hospital, ele andou pelas ruas à procura de um táxi que o levasse de volta para o albergue onde está hospedado, perto do local do atentado. O sistema de transporte público foi paralisado após o ataque. Campos ainda seguirá em Barcelona por mais alguns dias. Sua primeira viagem a Europa começou por Madri, e ele ainda passará por Amsterdã, Paris e Londres. "Hoje eu não saio. Não sei como vai ser nos outros dias. Nos últimos dois dias, então. Vou ter que dar um jeito de esquecer isso".

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