SEXTA-FEIRA, 4 DE MAIO DE 2012
O reforço nas provisões contra perdas de planos econômicos e, principalmente, para cobrir o avanço da inadimplência nos financiamentos de veículos derrubaram o lucro do Banco do Brasil (BB) no primeiro trimestre. O ganho líquido do maior banco do país ficou em R$ 2,5 bilhões, queda de 14,7% frente ao mesmo período de 2011. Com isso, o BB ficou atrás de Itaú Unibanco (R$ 3,42 bilhões) e Bradesco (R$ 2,7 bilhões). Pesaram no resultado do banco um acréscimo de R$ 363 milhões nas reservas para cobrir ações de planos econômicos que correm na Justiça e de mais de R$ 600 milhões nas despesas com calotes na carteira de veículos do banco Votorantim, do qual o BB tem 50% do capital - a outra metade pertence à família Ermírio de Moraes. Sem esses dois aportes extras, o resultado do banco teria ultrapassado os R$ 3 bilhões, segundo o vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores do BB, Ivan Monteiro. Com o resultado, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) do BB caíram 1,48%, a maior queda do setor. Também recuaram Bradesco PN (0,6%) e Itaú Unibanco PN (0,14%). Além da inadimplência em alta, os papéis do setor têm caído devido à ação do governo para forçar a redução nos juros. Os problemas de insolvência na carteira de veículos levaram o Votorantim a um novo prejuízo, de R$ 579 milhões, no trimestre passado, contra R$ 656 milhões no anterior. No fim de março, a inadimplência média dessa carteira chegou a 7,3% dos empréstimos - bem superior à taxa média das diferentes carteiras do BB, de 2,2%.
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