São Paulo – A reintegração de posse de um terreno onde vivem 750 famílias, no Jardim Iguatemi, zona leste da capital paulista, foi suspensa. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, houve suspensão da liminar que determinava, em primeira instância, a reintegração do terreno.
De acordo com o vice-presidente da Associação de Moradores, Luciano Santos, o prefeito Fernando Haddad disse que irá assinar decreto de interesse social do terreno de 132 mil metros quadrados, no qual estão construídas as casas.
No início da manhã, a tropa de choque havia iniciado a desocupação e chegou a entrar em confronto com os moradores, usando bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha. Os moradores revidaram com pedras.
Segundo Luciano Santos, o decreto de interesse social do terreno foi apresentado pela prefeitura ao juiz Jurandir de Abreu da Quarta Vara do Fórum de Itaquera. O pedido, porém, foi negado ontem à noite.
Ele disse que as famílias vivem no local desde maio de 2012. O proprietário Heraclides Batalha teria oferecido os lotes, com tamanho de 5 metros por 20 metros às famílias, no valor de cerca de R$ 8 mil cada, a serem pagos em parcelas de aproximadamente R$ 300.
Heraclides Batalha, no entanto, nega que tenha existido qualquer acordo de venda do terreno. “Eles são invasores, eles invadiram a minha terra”, disse. “Eu fui desapossado clandestinamente”, acrescentou.
No outro lado, o pedreiro Agustinho da Silva disse ter construído sua casa no terreno e planejava se mudar com a esposa e os dois filhos, um de 2 anos e outro de 10 anos. Ele conta que conseguiu gastou R$ 3 mil com material de construção.
Edição: Beto Coura
à Agência Brasil
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