Duas pessoas ficaram feridas no conflito desta manhã.
PM estima que 1,7 mil morem no terreno invadido há cerca de 1 ano.
O confronto entre policiais militares e moradores de um terreno invadido deixou dois feridos na manhã desta terça-feira (26) durante a reintegração de posse na Avenida Bento Guelfi, no Jardim Iguatemi, na Zona Leste de São Paulo.
Segundo informações da Globonews, um homem teve um ferimento na perna e uma mulher foi ferida no peito. Ela precisou receber massagens cardíaca para ser reanimada.
Os moradores protestaram contra a reintegração do terreno, que tem cerca de 130 mil metros quadrados, desde o início da manhã. No começo da manhã, os moradores ficaram perfilados, formando um cordão de isolamento, e a PM chegou a utilizar bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes e os moradores se refugiavam nas casas para escapar das bombas de efeito moral e do spray de pimenta lançados, de acordo com a Rádio CBN.
A estimativa da Polícia Militar é que 1.700 pessoas habitem no terreno. Há cerca de um ano, 800 casas de alvenaria começaram a ser construídas.Houve muita correria. A confusão também chegou às ruas próximas. Um ônibus deu ré na Avenida Bento Guelfi na tentativa de evitar o tumulto. Neste horário, moradores retiravam seus pertences.
Quando a área foi invadida, os moradores pensaram se tratar de um terreno da Prefeitura de São Paulo. No entanto, o proprietário conseguiu na Justiça o direito de retomar a posse.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o processo de reintegração de posse foi movido pelo dono do terreno, Heraclides Batalha de Camargo Filho, contra a Sociedade Amigos do Jardim Alto Alegre. Perguntado se havia tentado negociar com as famílias, o proprietário respondeu: "como, eles são invasores. Eles invadiram a minha terra", disse Heráclides Filho.
Os advogados das partes foram procurados pelo G1, mas até as 11h não comentaram o assunto.
Os advogados das partes foram procurados pelo G1, mas até as 11h não comentaram o assunto.
A defesa dos moradores busca apoio político. "Nós estamos aguardando os meios e estamos buscando também ajuda política para tentarmos conversar e termos uma medida que não seja tão prejudicial às famílias", diz Ricardo Sampaio, advogado da associação dos moradores.
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