Como parece que o fim do mundo está gravado na mente humana, as preocupações atuais se concentram nos males que poderão ser ocasionados pelo aquecimento global.
Segundo o IPCC, órgão da ONU que monitora as mudanças climáticas, o perigo poderá estar em todo o planeta por volta de 2100, quando a Terra poderá ter uma temperatura média 2º C mais alta.
Mas não será preciso esperar pelas incertezas das previsões climáticas.
Quem quiser se preocupar com uma catástrofe que tirará a vida de 1 bilhão de pessoas até 2100 basta se lembrar do cigarro.
"A única entidade no mundo que se beneficiará se o cigarro for passado para a próxima geração de crianças pobres do mundo será a indústria do cigarro," disse Gregory Connolly, membro de um painel internacional que discutiu o assunto.
"Todas as outras indústrias que produzem bens de consumo e serviços vão perder, não se beneficiar, e o mesmo é verdade para as economias das nações pobres e seus cidadãos se o fumo não for banido," acrescenta.
Um após o outro, todos os participantes da conferência alertaram sobre a catástrofe mundial com agenda definida - mas que se sucederá lentamente - caso o cigarro não seja definitivamente banido.
Os pesquisadores estimam que 100 milhões de mortes nos países desenvolvidos, e 1 bilhão nos países mais pobres, serão causados pelo cigarro até 2100.
Segundo pesquisadores do mundo todo, reunidos na Universidade de Harvard (EUA), se as nações do mundo querem realmente enfrentar esse problema para o qual não há incerteza, será necessário:
Colocar o controle do tabaco na agenda da ONU e outras agências internacionais;
garantir que todos os setores da sociedade trabalhem coletivamente para proteger não apenas a saúde da população, mas também os danos econômicos que o cigarro causa;
colocar a saúde como elemento central de qualquer decisão em tratados comerciais que incluam o tabaco; e
trabalhar para reduzir a taxa de fumantes para menos de 5% no mundo todo em 2048, basicamente banindo o uso do cigarro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário