O Pentágono ameaçou processar nesta quinta-feira (30) o militar que escreveu um livro sobre a operação que matou o líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e que contradiz a versão oficial.
Segundo o chefe jurídico do departamento de Defesa, Jeh Johnson, o autor violou seu compromisso de sigilo sobre a operação e “os meios legais disponíveis” estão sendo avaliados.
O livro foi escrito por um membro dos ‘Seals’, a força especial da Marinha americana encarregada da operação que matou Bin Laden no ano passado, no Paquistão.
Intitulado “No Easy Day: The Firsthand Account Of The Mission That Killed Osama Bin Laden” (“Um dia nada fácil: o primeiro relato da missão que matou Osama Bin Laden”, em tradução livre), o livro oferece um relato em primeira pessoa da operação de 2 de maio de 2011 e afirma que o chefe da Al-Qaeda já tinha sofrido um disparo na cabeça quando foi abatido em seu quarto.
A versão oficial afirma que Bin Laden foi visto na entrada do quarto e que depois voltou correndo para dentro dele, o que fez os membros do comando suspeitarem de que poderia estar procurando por uma arma.
Mas o autor, que escreve sob o pseudônimo de Mark Owen, assegura que Bin Laden recebeu um tiro já na porta do quarto e que foi encontrado depois dentro do mesmo sangrando por causa do ferimento. O terrorista sofria convulsões e uma mulher chorava a seu lado. Os membros do comando afastaram a mulher e voltaram a disparar.
Fonte: AFP/POP
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