
Milhares de egípcios foram as ruas e fizeram fortes manistações em frente a embaixada dos Estados Unidos no Cairo

Os protestos no Egito foram intensos
O filme que gerou as manifestações e ataques anti-americanos na terça-feira (11) no Egito e na Líbia é dirigido por um israelense-americano que descreve o Islã como um “câncer”, de acordo com oWall Street Journal (WSJ).
O filme “Innocence of Muslims” (“A inocência dos muçulmanos”), foi dirigido e produzido por Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, nativo do sul da Califórnia, que afirma que o Islã é “uma religião do ódio”. “O Islã é um câncer”, declarou Bacile ao WSJ.
Bandeiras dos EUA foram destruídas e queimadas
Na terça-feira, manifestantes rasgaram uma bandeira americana em frente à embaixada dos Estados Unidos no Cairo, enquanto um grupo armado atacou o consulado americano em Benghazi, na Líbia, ateou fogo ao prédio e matou o embaixador americano, além de outros três diplomatas.
Sam Bacile afirmou ao WSJ que ele era o autor do filme, dizendo que produziu com cinco milhões de dólares levantados a partir de doações de judeus, os quais ele não quis identificar. Ele alega ter trabalhado com 60 atores e uma equipe de 45 pessoas na Califórnia, durante três meses, neste filme de duas horas. “O filme é político. Não religioso”, disse.
Egito, Irã e Vaticano
Consulado dos EUA na Líbia foi incendiado e o embaixador americano John Christopher Stevens e outros três cidadãos norte-americanos foram mortos

Mais cedo, a Irmandade Muçulmana, principal força política do Egito e à qual pertence o presidente Mohamed Mursi, pediu que todo o país se manifeste contra o filme considerado insultante para o Islã.
O movimento convocou “manifestações pacíficas para esta sexta-feira (14) ante as principais mesquitas do Egito para denunciar os insultos contra a religião e o profeta”.
O Irã descreveu o filme como “desprezível”. “A República Islâmica do Irã condena veementemente o insulto ao Islã e solidariza com a nação islâmica ferida”, declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, em um comunicado divulgado pelos meios de comunicação locais.
Mehmanparast acrescentou que o “silêncio sistemático e contínuo do governo dos Estados Unidos frente a este tipo de ato desprezível (…) é a razão central para a continuação de tais atos”.
O Vaticano condenou a violência e assegurou que o respeito pelas religiões é essencial para a convivência pacífica. “O respeito profundo pelas crenças, os textos, os grandes personagens e os símbolos das diferentes religiões é uma premissa essencial da convivência pacífica dos povos”, disse porta-voz do vaticano, Federico Lombardi.
Lombardi disse ainda que as consequências “gravíssimas das injustificadas ofensas e provocações à sensibilidade dos muçulmanos são mais uma vez evidentes nestes dias, pelas reações que suscitam, com resultados trágicos, que por sua vez aprofundam tensões e ódios e geram uma violência inaceitável”.
Fonte: BOL
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