A nova geografia do consumo no Brasil incita as empresas a mirar o mercado nordestino. No setor de bebidas, as cervejarias duelam pelo consumidor da região. A explicação é simples: é no Nordeste onde as vendas crescem quatro vezes acima da média nacional. O movimento faz com que as indústrias invistam em novas fábricas e ampliações, lancem produtos específicos e reforcem suas áreas de vendas e distribuição. O Grupo Petrópolis - dono das marcas Itaipava e Crystal - provocou rebuliço no mercado regional ao anunciar, num curto intervalo de dois meses, a construção de duas fábricas no Nordeste, com investimento de R$ 1,2 bilhão. A AmBev concluiu a implantação de uma nova unidade em Pernambuco e a Schincariol acaba de inaugurar a expansão da planta de Alagoinhas, na Bahia. Juntas, as empreitadas das três líderes do mercado somam aportes de R$ 2,2 bilhões. Pesquisas sobre o potencial de consumo no Brasil apontam que os gastos com bebidas deverão totalizar a soma astronômica de R$ 158 bilhões até 2020 e o Nordeste terá uma importância estratégica nessa projeção. A estimativa é que a participação nordestina no consumo global do País salte de 18% (em 2010) para 21% até o final dessa década.
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