Colonia Babado Novo

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

EMPRESA SCHINCARIOL PASSA A SE CHAMAR BRASIL KIRIN




Schincariol (Foto: Divulgação)
Um ano após ser vendida para o grupo japonês Kirin, a cervejaria Schincariol muda de nome e passa a se chamarBrasil Kirin. A mudança foi anunciada hoje por Gino Di Domenico, o presidente (CEO) da companhia.
Segundo o executivo, a mudança de nome é apenas institucional e não vale para o nome dos produtos. Hoje, a empresa tem em seu portfólio as marcas Nova Schin, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra e Glacial, além de Água Schin, Schin Tônica, Schin Refrigerantes, Itubaína, Mini Schin, Fruthos e Skinka. Todas elas continuam existindo, apenas os rótulos ganharão o nome Brasil Kirin.
Di Domenico afirmou que a controladora japonesa estuda ainda trazer para o Brasil outros produtos da Kirin a partir de 2013. Com o novo posicionamento, a empresa quer ganhar mais espaço nas regiões onde tem pouca participação de mercado e reforçar as operações onde a empresa já tem uma posição mais confortável.
O investimento na troca de nome não foi revelado, mas a quantia está incluída nos R$ 480 milhões que serão gastos pela empresa durante este ano.
Aquisição com briga de família
Segunda maior cervejaria do país, a Brasil Kirin tem 16,6% de participação no mercado nacional de cervejas e 6,83% em refrigerantes, conforme dados de outubro do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal.

Fundada em 1939 por Primo Schincariol, a empresa foi vendida para os japoneses em julho do ano passado com direito à briga de família. A venda foi fechada pelos irmãos Adriano e Alexandre. Os japoneses toparam pagar R$ 3,95 bilhões à vista pela companhia. Uma oferta considerada muito acima do valor de mercado, conforme reveloureportagem da NEGÓCIOS publicada na edição de setembro de 2011. O negócio, no entanto, não foi aceito pelos sócios minoritários - os irmãos Gilberto, Daniela e José Augusto. A briga foi parar na justiça e só foi concretizada em novembro de 2011. 
Feita a aquisição, a japonesa Kirin assumiu a empresa no vermelho. Os números de 2011 mostram um prejuízo líquido consolidado de R$ 78,119 milhões, 59,8% maior do que as perdas de R$ 48,893 milhões de 2010.
Este ano, o balanço deve ser mais positivo. "Vamos passar de um Ebitda de R$ 300 milhões em 2011 para R$ 550 milhões em 2012", afirmou Di Domenico. Segundo ele, as vendas em volume de cerveja este ano cresceram 9,9%, ante 3,64% do mercado, na comparação com o mesmo período do ano passado. "Já somos 5% do faturamento total da Kirin, estamos entre os cinco principais mercados da companhia fora Japão, que é metade do faturamento global". 

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