O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reprovou com veemência a rejeição no Senado do projeto bipartidário que estenderia a verificação de antecedentes para a compra de armas de fogo. Em um discurso na Casa Branca, cercado de pais que perderam seus filhos em Newtown, o líder americano disse que hoje é um dia vergonhoso para Washington, pois uma minoria no Senado conseguiu barrar o que era vontade de 90% da população do país. Em votação encerrada poucos momentos antes do pronunciamento, o Senado americano rejeitou o projeto cuja principal medida era exigir a verificação de antecedentes para a compra de armas em apresentações e em vendas online. Foram 54 votos a favor e 46 contra, placar abaixo dos 60 votos necessários para ser aprovada. Segundo Obama, a decisão não reflete o desejo da população. "Como uma medida desejada por 90% da população é rejeitada por uma minoria no Senado?", questionou o presidente.
"Estou assumindo expressões de dor... não são palavras vazias", disse Obama, acompanhado do vice Joe Biden e de familiares que perderam seus filhos na tragédia de Newtown. Para o presidente, o lobby das armas "mentiu deliberadamente" para o fracasso do projeto de lei. A proposta "representava moderação e bom senso", disse. Apesar da derrota política, ele prometeu não desistir do projeto, e chamou a população para que demonstre seu descontentamento a respeito da decisão. "Eu vejo isto apenas como o primeiro round", afirmou o presidente. (Terra/Foto: AFP)
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