A Justiça de São Paulo negou pedido de habeas corpus da defesa de Silvonei José de Jesus Souza, hacker que clonou o celular de Marcela Temer e chantageou a primeira-dama. Na decisão contra o invasor, os juízes destacaram “a gravidade dos delitos, que constituem inegável fonte de clamor público”. Souza foi preso e julgado rapidamente, em apenas seis meses, em uma ação que contou com a ajuda direta do atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, que na época respondia pela Secretaria de Segurança de São Paulo. O hacker cumpre a pena de cinco anos, dez meses e 25 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de estelionato e extorsão no presídio de Tremembé, interior paulista. Ele tentou extorquir a primeira-dama ao ameaçá-la de divulgar uma conversa obtida no celular que, nas palavras dele, jogaria o nome do presidente Michel Temer (PMDB) “na lama”. O conteúdo do diálogo é sigiloso e não consta do inquérito policial que serviu para prender e condenar o acusado.
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