Determinada a fazer do programa Minha Casa Minha Vida o grande trunfo da
campanha pela reeleição, a presidente Dilma Rousseff acionou as equipes
técnicas do governo para concluir com rapidez estudos que lhe permitam
lançar, o mais depressa possível, a terceira fase do programa, com uma
nova meta: contratar a construção de 3,5 milhões de casas entre 2015 e
2018, contra 2,7 milhões da fase 2, que termina este ano. Em ano
eleitoral, a verba prevista no Orçamento da União para o Minha Casa foi
turbinada: será cerca de R$ 1 bilhão a mais que em 2013. Segundo o
Ministério do Planejamento, em 2014 haverá R$ 15,77 bilhões previstos no
Orçamento. Quando anunciou a terceira fase do programa, em novembro, o
governo estimava 3 milhões de casas. Agora, Dilma quer 3,5 milhões para
sua nova bandeira eleitoral. O núcleo político do governo e a equipe da
reeleição sabem, com base em pesquisas qualitativas, que o Bolsa
Família, já no 10º ano de vigência, não tem mais o poder eleitoral do
passado, pois já é considerado uma conquista sem volta. O discurso pela
manutenção do Bolsa Família não poderá, portanto, ser o único trunfo da
campanha. Até porque o principal candidato de oposição, o senador Aécio
Neves (PSDB-MG), já adotou o discurso de que o Bolsa Família é
irrevogável. No fim de outubro do ano passado, Aécio apresentou projeto
no Senado que transforma o Bolsa Família em programa de Estado, ao
incorporá-lo permanentemente à Lei Orgânica de Assistência Social
(Loas). A justificativa do tucano foi acabar com o que chamou de
terrorismo contra as famílias beneficiadas pelo programa em véspera de
eleição. (O Globo)
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