Compras pela internet facilitam a vida mas podem ser uma fonte de problemas
O que para alguns é tempo de celebrar e trocar presentes, para outros pode ser o início de uma dor de cabeça e sinônimo de problemas.
As compras de Natal, que sempre movimentam o comércio, também ganham um gás a mais na internet. Poder comprar a qualquer hora e de qualquer lugar, sem enfrentar filas, é um dos principais atrativos para muitos consumidores. Mas também é nessa época que aumentam os problemas com esse tipo de compra.
De acordo com Graciele Leal, superintendente do Procon-BA, o órgão já recebeu cerca 98 reclamações durante o ano e o principal motivo é a demora na entrega ou não entrega da mercadoria comprada. O jornalista Rodrigo Pivaro é um dos exemplos de pessoas que já tiveram problemas com o comércio online. Ele fez duas compras de presentes de Natal no mês setembro e ainda não recebeu nenhum dos produtos. ”Entrei em contato pelo chat online, pois os telefones nunca atendem. Eles informaram que iriam averiguar o problema, pois o pedido realmente estava com muito atraso. Mas nunca passou disso, eles apenas ficavam ganhando tempo e me enrolando”, disse o jornalista.
Como o problema não foi solucionado, ele resolveu processar o site. “Um advogado me orientou a processar, pois tenho todas as evidências de que minha parte, enquanto consumidor, foi cumprida. A primeira audiência está marcada para o próximo mês. Essa é a primeira vez que tenho problemas com compras pela internet e me sinto realmente roubado”, disse Rodrigo.
Assim como o jornalista Rodrigo Pivaro, a esposa dele também já teve problemas com compras pela internet. A bióloga Leila Santos teve um produto recolhido para ser trocado por um vale-bônus, só que a loja alega que a transportadora ainda não fez a devolução do produto. ”Deixei minha lista de casamento no site da loja. O produto era um presente de casamento, que foi recolhido da minha casa no mês de fevereiro , e era para ser trocado por um vale. A empresa alegou que a transportadora recolheu mas não entregou na loja. Só que isso não é comigo”, contou a bióloga.
Segundo Leal, nessa época do ano é importante que o consumidor triplique os cuidados com as compras virtuais. Uma das recomendações da superintendente é que antes da compra se faça uma pesquisa do site junto as redes sociais e ao Procon para saber o índice de reclamações da empresa junto ao órgão. Outro ponto é verificar se o site tem loja física e principalmente desconfiar das grandes ofertas. “A compra coletiva é uma realidade que tem crescido bastante nos últimos anos devido à comodidade e vantagens de preço, mas os consumidores precisam ficar atentos aos seus direitos e guardar todos os comprovantes e encartes da promoção anunciada para uma eventual necessidade de abrir uma reclamação junto ao Procon”, alertou.
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