Mas, na segunda rodada Tóquio derrotou a cidade turca, a antiga Constantinopla, por 60 votos contra 36.
Poucas horas antes da votação os representantes japoneses fizeram a última apresentação para convencer o COI, destacando a “paixão” dos habitantes da cidade pelo esporte, além de ressaltar que a tecnologia de ponta nipônica poderá desenvolver a conexão dos jovens com os jogos.
O primeiro-ministro Shinzo Abe, em um breve discurso, sustentou que “Tóquio é uma das cidades mais seguras do mundo”. Segundo ele, o acidente de vazamento de radioatividade da central nuclear de Fukushima (a 240 quilômetros ao norte da cidade) “não teve nem terá impacto sobre Tóquio”. Abe também fez uma confidência pessoal, afirmando que os jogos olímpicos de 1972 em Munique o levaram a dedicar-se ao arco e flecha quando entrou na faculdade em 1973.
Na sequência da apresentação, os representantes japoneses passaram por uma sabatina dos membros do COI. Nessa etapa, o primeiro-ministro Abe voltou a insistir que não existem riscos gerados por Fukushima, já que, segundo ele, a água contaminada pelo vazamento dessa central está “bloqueada”. Os japoneses sustentaram que “Tóquio é o sócio adequado no momento certo”.
ISTAMBUL - Os representantes turcos também tentaram convencer os membros do COI, afirmando que o país poderia garantir “jogos tecnicamente excelentes” e que a Turquia está em “crescimento econômico”.
O primeiro-ministro Recep Erdogan, que desembarcou em Buenos Aires após uma viagem de 16 horas desde São Petersburgo, onde participou da reunião do G-20, pediu votos para Istambul, de forma a dar, pela primeira vez na História dos jogos olímpicos a sede a um país muçulmano”. Erdogan também tentou argumentar, em defesa da candidatura da cidade da qual foi prefeito no passado: “Istambul reúne dois continentes”.
MADRI - As declarações carregadas de sarcasmo de Juan Antonio Samaranch Junior na abertura da sessão na qual a delegação de Madri defendeu sua candidatura tiveram um impacto negativo sobre os integrantes do COI: “desejo sorte a Istambul e Tóquio...mas para 2024!”.
Também foram consideradas pouco “olímpicas” as afirmações do primeiro-ministro Mariano Rajoy nas quais afirmou que “podia soar meio chauvinista mas nunca existiram na História melhores jogos olímpicos” que aqueles realizados em Barcelona, Espanha, em 1992.
Rajoy também argumentou que a economia espanhola “está se recuperando”. A prefeita de Madri, Ana Botella, destacou que sua cidade é ideal para “um jantar romântico na Plaza Mayor”. “Ninguém pode igualar Madri 2020”, afirmou sem modéstia Alejandro Blanco, presidente do Comitê Olímpico Espanhol. Depois, arrematou “Deus está com Madri 2020!”.
O príncipe herdeiro da Espanha, Felipe de Borbón, tentou convencer os integrantes do COI argumentando que Madri já havia realizado 80% das obras requeridas. Depois, pronunciou uma frase em tom de apelo: “acreditem em nossa candidatura”.
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