O número de adoção de crianças tem aumentado tanto na Bahia quanto no restante do país. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Brasil, o crescimento foi de 30% em um ano. Desde 2010, a Bahia segue no ritmo chegando à quarta posição no número de adoções entre os estados brasileiros, segundo o Cadastro Nacional de Adoção. De janeiro de 2012 a maio de 2013 foram feitas 152 adoções no estado. Mesmo assim, não há o que se comemorar. O processo de escolha da criança ainda se esbarra no perfil desejado pela maioria dos casais: menina, branca, com menos de dois anos. O perfil imposto por futuros pais limita a possibilidade de outras crianças e adolescentes encontrarem um novo lar. Atualmente em Salvador, 53 meninos e meninas aguardam a oportunidade de viver com uma nova família, sendo que 26 delas têm idades entre 11 e 15 anos. Acima de 15 anos, existem ainda oito jovens que vivem na esperança ter um pai ou uma mãe. Há também 15 crianças na faixa etária de seis a dez anos e outras quatro de 0 a cinco anos. “É muito triste a gente ver um jovem cheio de vida perder a esperança de encontrar um pai ou uma mãe por causa da idade. Isso dói muito pra gente que cuida dessas crianças, sendo que Muitas chegaram aqui no abrigo, ainda pequenas”, desabafa a fundadora da casa de acolhimento Lar Pérolas de Cristo, Vera Lúcia Guimarães, que abriga mais de cem crianças atualmente. (Tribuna da Bahia)
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