O atirador condenado pretende escrever livros em uma das suas celas de 8 metros quadrados
O assassino norueguês Anders Behring Breivik deve cumprir sua sentença de prisão em uma penitenciária perto de Oslo. Para os padrões brasileiros ela é um verdadeiro hotel cinco estrelas
Breivik, de 33 anos, foi mantido por mais de um ano na penitenciária de Ila em seu Regime Particular de Alta Segurança – que é o regime penitenciário mais rigoroso da Noruega.
Ila é uma penitenciária masculina que “abriga os homens mais perigosos do país”, segundo seu site na internet.
Porém, a prisão de Breivik difere bastante de outras prisões de segurança máxima da Europa, em que a equipe de carcereiros é formada por homens e mulheres, que trabalham desarmados.
Breivik terá uma cela com academia de ginástica particular
Cartas
Algumas fotos das instalações disponíveis para Breivik foram divulgadas.
Ele atualmente tem três celas – uma compensação por não ter tido acesso a atividades disponíveis para outros presos, segundo a porta-voz da instituição Ellen Bjercke.
Cada cela tem oito metros quadrados. Uma funciona como dormitório, como academia e a terceira é um escritório – com um laptop fixo em uma mesa.
O computador não está conectado à internet, para evitar que ele faça contato com o mundo exterior. Bjercke disse à BBC que enquanto ele estiver lá nunca terá acesso à internet.
Os advogados de defesa de Breivik afirmaram que ele pretende divulgar seus manifestos por meio da publicação de livros.
Como prisioneiro, ele tem o direito de escrever quantas cartas quiser e enviá-las para qualquer lugar. ”Mas nós analisaremos tudo e se encontrarmos qualquer coisa que viole leis ou encoraje a atividade criminosa, por exemplo, nós a confiscaremos”, disse ela.
Para ter contato com o ar fresco, Breivik tem acesso a uma área externa cercada por paredes de concreto e arame farpado.
Para se entreter, ele pode usar um aparelho de TV e pode solicitar livros da biblioteca da prisão – que faz parte da rede pública de bibliotecas. Em tese, ele pode ler o livro que quiser, a menos que a publicação não se adapte aos critérios de segurança – “sem manuais para fazer bombas”, disse Bjercke.
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Fonte: BBC