Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, para cada um milhão de habitantes, deveriam estar disponíveis 330 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, o número de leitos da Bahia está distante do que a OMS recomenda. O Estado dispõe, atualmente, de 2.114 leitos desta especialidade para atender uma população de 13.070.250 habitantes, sendo que 1.310 das vagas são voltadas para o atendimento pelo Sistema Único Saúde (SUS). Por conta disso, há um déficit de 2.199 leitos, o que equivale a cerca de 50% do número ideal, que seria de 4.313 leitos.O reflexo da carência de vagas na UTI foi sentido pela família da comerciante Núbia Nunes Barreto de Jesus, 46. No último domingo, o irmão de Núbia, Nailton Nunes Barreto, 37, sofreu um acidente de moto nas proximidades do município de Capim Grosso. Nailton foi entubado em um hospital da região e encaminhado em uma ambulância da prefeitura para o Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana.á na porta da unidade de saúde, a família teve o atendimento negado pelos funcionários, que alegaram falta de vagas na UTI. Após cerca de quatro horas de espera na porta do hospital, Nailton conseguiu, por influência de um político conhecido da família, a liberação para a internação. Na manhã desta terça, os médicos diagnosticaram morte cerebral e Nailton foi removido da unidade e transferido, por meio da Central de Regulação do Estado, para o Hospital Salvador, para realizar exames que comprovam o diagnóstico.
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