Durou 32 horas a ocupação de sem-terra e estudantes no prédio do Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo. Após reuniões entre os assentados e "apoiadores da ação", os invasores decidiram deixar o instituto e manter a ocupação concentrada na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na capital paulista. Está marcada para as 17 horas desta quinta-feira uma reunião entre os sem-terra e o presidente nacional do Incra, Carlos Guedes. Os invasores chamaram a direção do Instituto Lula para fazer uma inspeção nas dependências. Segundo o diretor da entidade Luiz Dulci, "todos os cômodos estão limpos e em ordem". O segundo andar do prédio, onde fica o escritório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está "intacto". Na saída, os invasores homenagearam a funcionária do instituto Lula Nina Santos, que é neta do geógrafo Milton Santos, que dá nome ao assentamento na região de Americana, onde 68 famílias vivem a expectativa de sofrer uma reintegração de posse nos próximos dias. "A gente é pequeno, mas é muito corajoso. A nossa situação é desesperadora", disse Paulo Albuquerque, um dos coordenadores da ação.
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