Dados preliminares indicam que o Brasil é um dos principais focos da gripe A no mundo hoje. As 257 mortes registradas até a semana passada colocam o país entre as regiões mais afetadas no planeta pelo vírus Influenza A (H1N1) – em um patamar semelhante ao verificado no México durante o último inverno no Hemisfério Norte e superior ao registrado atualmente em nações muito mais populosas como a Índia. Os três Estados do Sul concentram a maior parte dos óbitos provocados pela agressividade do vírus, com pelo menos 157 vítimas no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina. Esse número poderá aumentar hoje, quando o Estado deve divulgar um novo boletim sobre o avanço da doença. Somente o sul do Brasil, onde vivem 27 milhões de pessoas, supera o número de mortes registradas até a última semana de julho na Índia. Lá, onde vivem 1,2 bilhão de habitantes, foram verificados 122 mortos. Não há como estabelecer um ranking preciso do impacto do H1N1 no mundo, porque as notificações demoram para chegar à Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados dos países do Hemisfério Sul são menos completos do que os do Hemisfério Norte, onde o inverno já acabou, e os padrões de vigilância epidemiológica variam bastante. Porém, as informações disponíveis fazem com que a infectologista Nancy Bellei, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e uma das principais especialistas em Influenza do país, sustente que o Brasil tem uma das piores situações conhecidas em relação ao H1N1 este ano
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