Mais uma prova de que a alimentação influi diretamente na qualidade de vida. Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition no começo de agosto revelou que o consumo diário de carne vermelha aumenta o risco de desenvolverdiabetes tipo 2.
O estudo foi conduzido pela Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, e é considerado o maior estudo a respeito do tema até agora. Após analisar cerca de 300 mil pessoas por mais de 30 anos, os pesquisadores concluíram que aqueles que consumiam carne vermelha ou processada diariamente tinham maior propensão a desenvolver a doença, ainda que os pacientes tenham o mesmo peso.
Segundo dados do estudo, as carnes processadas – como salsicha, salame e mortadela – são as mais prejudiciais. Consumir 50g por dia, o equivalente a uma salsicha, basta para aumentar em 51% as chances de desenvolver diabetes tipo 2.
Os fãs de carne vermelha também devem ficar atentos. Um bife, ou 100g de carne vermelha ao dia já é suficiente para um risco 19% maior de ter a doença.
Lado positivo
A pesquisa também revelou dados otimistas. Conforme as conclusões do estudo, alimentar-se com carnes e laticínios conhecidos como “magros”, além de grãos integrais, reduz o risco de diabetes tipo 2. A proteína magra é aquela é aquela vinda das carnes brancas, queijo branco etc.
A ligação entre a carne vermelha e processada e a diabetes tipo 2 não foi bem estabelecida. Uma possível explicação seria que algumas substâncias presentes nesse tipo de alimento causam dano às células beta do pâncreas, órgão responsável para produzir a insulina no nosso corpo.
Porém, alguns especialistas afirmam que é preciso analisar o estudo com cautela, já que o que a pesquisa sugere é uma reavaliação do consumo de carne vermelha, não a eliminação desse item da dieta. É importante lembrar que a carne vermelha é uma grande fonte de ferro, fundamental para combater a anemia e outras doenças. Moderação é a chave.
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