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O ataque da doença do mosaico nas lavouras de mamão da região norte do Espírito Santo e sul da Bahia, responsável por grande parte da produção nacional da fruta, está deixando autoridades do setor e produtores rurais em alerta. Causada por um vírus, a doença tem se propagado nas áreas produtoras e causado prejuízos para os agricultores, que precisam eliminar as plantas contaminadas.
O corte compulsório dos mamoeiros doentes é obrigatório, de acordo com legislação específica. O problema é que a realização dos tratos culturais adequados para evitar a disseminação da doença não é feita por todos. “Se o produtor fizer o roguing, retirada das plantas com sintomas da doença para evitar sua disseminação, ele terá uma perda de cerca de 2% da lavoura. Se ele não faz, a doença se espalha, contamina toda sua lavoura e vira fonte para transmissão do vírus para plantações vizinhas. Todo mundo perde mais”, diz José Roberto Macedo Fontes, engenheiro agrônomo e diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex).
Mesmo que a planta apresente boa quantidade de frutos, mas esteja com o mosaico, é essencial a retirada dela. “É melhor perder alguns frutos do que a lavoura toda e, ainda, propagar essa doença”, destaca Fontes. O produtor deve realizar inspeções periódicas na lavoura e eliminar as plantas infectadas, além de eliminar as lavouras abandonadas e plantas no fim do ciclo de produção para evitar fontes de inóculo na região.
A Brapex está realizando reuniões com os órgãos governamentais para reforçar a fiscalização de lavouras na região evitando, até mesmo, a inviabilização da cultura na região
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