Colonia Babado Novo

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dono da Rede de Supermercados Meira é transferido para presídio de Ilhéus



Depois passar uma noite na carceragem da sede da Polícia Federal de Ilhéus, o empresário Herbert Moreira Dias, o Beto Meira, foi transferido na manhã de quinta-feira (19) para o presídio Ariston Cardoso, onde deve permanecer preso até segunda ordem da Justiça.
Beto do Meira pode pegar até 8 anos de prisão


Beto, proprietário da Rede de Supermercados Meira, foi detido na manhã da última quarta-feira (18), em sua casa, na praça Ruy Barbosa, centro de Ilhéus, onde a Polícia Federal encontrou uma pistola 9 milímetros e 150 cédulas de dinheiro falso. Além de posse ilegal de armas, o empresário vai responder por sonegação de impostos, evasão e utilização de "laranjas" numa fraude que pode passar dos R$ 17 milhões.

Segundo a delegada chefe da PF, Denise Cavalcante, o depoimento do acusado começou por volta das 11 horas da manhã de quarta-feira e se estendeu até as 19 horas. Beto vem sendo investigado pela Policia Federal e Receita Federal desde em 2009, depois de denúncias de comerciantes concorrentes.

Numa operação batizada de Mercado Livre, os policiais federais cumpriram mandato de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal, que culminou com a prisão do empresário. Segundo a delegada, para sonegar impostos, Beto utilizou o método conhecido como "mata-mata", que funciona da seguinte forma: Constitui-se uma razão social fantasma ou simulada, insere-se no estabelecimento onde ela funcionará o nome fantasia, gera-se um montante elevado de tributos e em seguida, o endereço da razão social simulada é transferido ou a empresa é declarada inativa, abrindo-se, no mesmo lugar, outra empresa que desenvolverá a mesma atividade e continuará utilizando o nome fantasia da anterior.

A Rede de Supermercados Meira possui atualmente 11 lojas – duas em Itabuna e nove em Ilhéus. "Os sócios que constam nos contratos não são os detentores do capital e nem administram as empresas, o que facilita o fechamento destas e seu "desaparecimento" do mundo jurídico tributário, sem bens que guarneçam suas dívidas, deixando débitos para o erário público", informou a Polícia Federal.

Se condenado, o empresário pode pegar até oito anos de prisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário