Depois de semanas de acusações do governo ucraniano de envolvimento da Rússia no levante, um líder rebelde na cidade de Donetsk, no leste, admitiu que alguns dos combatentes separatistas que morreram na ofensiva do governo eram "voluntários" da Rússia
Por Sabina Zawadzki e Gabriela Baczynska
DONETSK Ucrânia (Reuters) - Separatistas pró-Rússia derrubaram nesta quinta-feira um helicóptero do Exército da Ucrânia, matando 14 militares, incluindo um general, enquanto as forças do governo levam adiante uma ofensiva para esmagar rebeliões no leste do país, intensificada depois da eleição de um novo presidente no domingo.
Depois de semanas de acusações do governo ucraniano de envolvimento da Rússia no levante, um líder rebelde na cidade de Donetsk, no leste, admitiu que alguns dos combatentes separatistas que morreram na ofensiva do governo eram "voluntários" da Rússia e disse que os corpos deles estavam sendo enviados para seu país.
Em Kiev, o presidente interino, Oleksander Turchinov, disse que o helicóptero derrubado, que levava suprimentos para o leste da Ucrânia, foi atingido por mísseis antiaéreos disparados da cidade de Slaviansk, que está sob controle de separatistas desde o início de abril.
Essa foi uma das mais pesadas baixas infligidas pelos rebeldes ao Exército em dois meses de distúrbios nas regiões orientais da Ucrânia e se segue a uma pesada ofensiva das forças do governo na qual pelo menos 50 rebeldes foram mortos no começo da semana.
"Eu acabo de receber a informação de que terroristas, usando mísseis antiaéreos, derrubaram nosso helicóptero perto de Slaviansk. Eram militares sendo transportados para uma troca de turno", disse Turchinov.
Em uma clara admissão de que os rebeldes estão sendo apoiados por milicianos russo, o líder da autoproclamada
República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, disse: "Aqueles que eram voluntários de Rússia serão levados para a Rússia hoje".
Os corpos de alguns dos separatistas mortos quando o Exército ucraniano tentou retomar o controle do aeroporto internacional de Donetsk estavam sendo preparados para retornar à Rússia nesta quinta-feira, disse o líder rebelde.
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