Um dos fortes nomes da Policia Militar do Estado da Bahia e responsável pela segurança de bairros cuja violência costuma apontar altas estatísticas, o Major Estrela, comandante da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) pediu exoneração do cargo.
A notícia anunciada na Rádio Sociedade, na manhã deste sábado (17), teve sua explicação detalhada em conversa exclusiva do oficial com a reportagem do Bocão News. "Um dos motivos é que fiquei revoltado com a prisão de Prisco. Sei que é uma ordem judicial e respeito, mas é desumano a forma como ele está sendo tratado. Pedi sim exoneração porque quero ficar livre para desabafar e não me sinto bem na condição de comanadante em fazer isso. Estou revoltado", revelou, afirmando haver outros motivos que o levaram a abrir mão do cargo do qual lhe cabe as responsabilidades sobre as localidades de Suvaco da Cobra, Buracão, além dos bairros de Tancredo Neves, Cabula e Arenoso. "Os outros motivos conferem com minhas declarações que venho dando na imprensa. Sou contra a impunidade e sou a favor que a constituição mude para permitir pena de morte para bandido rico e politico ladrão. Sou contra pena de morte para bandido pobre", disparou.
Para Major Estrela, a corrupção é um crime coletivo e por isso tem que ser combatida de forma severa. "Esses calhordas não têm mais salvação não. Saindo do cargo fico à vontade para falar e desabafar porque tenho uma revolta muito grande. O problema hoje é a impunidade e não a falta de segurança", afirmou.
Segundo o oficial, a decisão de deixar o cargo já foi comunicada ao comando geral que "não deixou eu sair e pediu que eu permanecesse. Mas, eu disse que meu pedido é irretratável. Até me ofereceram o comando de uma especializada, mas ainda estou pensando porque não me prendo a cargo", reforçou.
Sempre chamando a atenção para a situação de Prisco, o major, que é formado em direito, disse estar acompanhando o caso e acredita que "quem tem que ficar preso daquele jeito é bandido de alta periculosodade. Sou contra a prisão de Prisco, sempre fui e estou revoltado com isso", concluiu.
Situação de Prico
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu hoje (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o vereador Marco Prisco, que liderou o movimento grevista da Polícia Militar da Bahia, seja transferido para o presídio federal em Porto Velho (RO). O pedido será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator do habeas corpus no qual o vereador pede prisão domiciliar.
O pedido do procurador foi feito após o resultado de um relatório médico, divulgado ontem (15). A junta médica, formada por dois servidores do Supremo, concluiu que Marco Prisco “não apresenta, no momento, evidência de cardiopatia que exija tratamento hospitalar ou domiciliar
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