Colonia Babado Novo

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Líder islamita afirma que vai vender 223 meninas sequestradas




O líder do grupo islamita nigeriano Boko Haram, Abubakar Shekau, afirmou que vai vender as mais de 200 meninas sequestradas no norte da Nigéria há três semanas, em vídeo obtido nesta segunda-feira (05) pela agência France Presse.

“Eu sequestrei vossas meninas. Por Alá que as venderei no mercado”, disse Shekau.

No dia 14 de abril, homens armados suspeitos de serem do movimento islâmico radical Boko Haram invadiram uma escola secundária de meninas na aldeia de Chibok, no Estado de Borno.


O sequestro aconteceu no mesmo dia em que a explosão de uma bomba, também atribuída ao Boko Haram, matou 75 pessoas na periferia da capital. O Boko Haram é agora visto como a principal ameaça de segurança à Nigéria, principal produtor de energia da África.

Informações da imprensa afirmam que algumas das 223 estudantes sequestradas já foram vendidas como esposas na fronteira com Chade e Camarões a preços irrisórios (US$ 12).

No vídeo, Shekau aparece de uniforme militar e de pé diante de um veículo blindado e de duas pick-ups nas quais estão metralhadoras. Seis homens armados estão posicionados ao lado do líder, todos com os rostos cobertos.

“Eu disse que a educação ocidental deve parar. Vocês, meninas, devem deixar a escola e se casar” acrescentou Shekau, que indicou manter as “pessoas como escravas”. A imagem está tremida, mas é possível ver claramente o rosto do líder islâmico, falando em hausa, árabe e inglês.

Durante os primeiros 14 minutos, Shekau critica a democracia, a educação ocidental e aqueles que não acreditam no Islã.

“Eu disse que a educação ocidental deve parar. Vocês, meninas, devem deixar a escola e se casar” acrescentou Shekau, que indicou manter as “pessoas como escravas”.

O Boko Haram, cujo nome significa “A educação ocidental é pecaminosa” em hausa, reivindica a criação de um Estado islâmico no norte da Nigéria. O grupo extremista deixou milhares de mortos desde o início do levante, em 2009, em ataques contra escolas, igrejas, mesquitas e símbolos do Estado e das forças de ordem.




Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário