A data foi instituída em 2009, em homenagem ao centenário do nascimento de Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, poeta popular, compositor e cantor cearense. Além disso, trata-se também de uma homenagem ao célebre Catulo da Paixão Cearense, maranhense de São Luís e autor da famosa música “Luar do Sertão”.
O “Dia do Nordestino” foi criado em São Paulo, por ser a cidade onde vive o maior número nordestinos de todo o Brasil (com exceção do próprio Nordeste, claro). Apesar dos milhares de migrantes que chegam a São Paulo todos os dias, não havia até então uma data em que a comunidade pudesse comemorar e se reunir. Além disso, a lei é um modo de diminuir o preconceito sofrido por muitos nordestinos que migram para o sul do país, mostrando o valor cultural e social do nordeste brasileiro.
A cultura popular do Nordeste é um dos maiores traços do Brasil em sua verdadeira essência. Esses conjuntos de práticas e tradições são expressados através de festas, mitos, lendas, crendices, costumes, danças, superstições e outras tantas formas de manifestações artísticas do povo. Todos os anos, milhões de turistas vindos de outros estados e países escolhem a região como destino de suas férias. Isso porque, além das inúmeras belezas naturais, o Nordeste possui uma essência só sua, repleta de tradições e símbolos típicos. O artesanato, a música e a comida são os maiores exemplos.
No artesanato, rendas, redes tecidas à mão, bordados, cerâmicas, palhas, vime, objetos de argila coloridos, de madeira ou de coco são alguns dos artefatos produzidos por artesões nordestinos. Com muita habilidade e paciência, esses profissionais confeccionam verdadeiras obras primas que são vendidas para turistas do mundo todo. Já a música é representada pelo forró, maracatu, axé, repente etc.
A comida regional é bastante apreciada por conta de seu sabor inconfundível, que mistura vários temperos naturais e pode ter como base frutos do mar, mocotó, carne-seca, macaxeira, buchada de bode etc. No carnaval, manifestações populares como o bumba-meu-boi e o frevo agitam as ruas das cidades (isso sem falar no tradicional carnaval de Salvador, o mais famoso do país). Foi também do Nordeste que vieram grandes nomes da música e poesia brasileiros, como Luiz Gonzaga (o “Rei do Baião”), Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Jorge Amado e Torquato Neto. Na TV e no cinema, nordestinos como Wagner Moura, José Wilker, Chico Anísio, Lázaro Ramos e Glauber Rocha consagraram seus nomes no Brasil inteiro.
Enfim: seria impossível falar a respeito de toda cultura nordestina, de tão diversificada que ela é. E nada disso existiria sem a ajuda do povo da região, os nordestinos, que passam de geração em geração todos os valores e aspectos desta rica cultura, que floresce até os dias de hoje. Hoje é dia de homenagear esse povo tão simpático, acolhedor, guerreiro e trabalhador, que enche nosso país de orgulho.
Parabéns, Nordestinos!
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