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Professora da rede municipal de Una se acorrenta em frente a prefeitura e esconde chaves - parte 1
Professora da rede municipal de Una se acorrenta em frente a prefeitura e esconde chaves - parte 2
Professora da rede municipal de Una se acorrenta em frente a prefeitura e esconde chaves - parte 3
Hoje por volta das 10:00 da manhã uma confusão começou a ser formada em frente a sede da prefeitura municipal de Una, de repente a gritaria de muitos alunos ao redor, e ao chegarmos de perto vimos uma senhora de aproximadamente 50 anos acorrentada de baixo de um sol forte a uma lixeira decorativa em frente ao prédio administrativo da cidade. A professora Gilmária Alves Barbosa, concursada há mais de 24 anos na cidade, se acorrentou e diz que não sai dali até que suas 20 horas há mais de aula sejam repostas. A professora alega que desde o principio de suas atividades em quanto funcionária pública, sempre teve 40 horas/aula, e que desde 2010 teve uma Leishmaniose, e até então a doença não foi curada, e para piorar a situação a medicação gerou uma endemia miocárdica. A professora ainda nos disse (conforme vídeo abaixo) que o ano passado ficou afastada para tratar de seus problemas de saúde, e que esse ano teve que regressar a sala de aula. Segundo ela, recentemente, saiu de férias para fazer outro tratamento, porém quando regressou ao trabalho se deparou com a surpresa do corte de 20 horas/aula dela, o que segundo ela, afetou bastante em seu orçamento.
Alunos e curiosos em frente a PMU vendo o sofrimento da professora |
A docente já lecionou em várias escolas da cidade, e é moradora do maior distrito de Una, o distrito da Colônia. Onde lecionou sempre no Colégio Municipal Candido Romero, a professora ainda nos afirmou que há dois anos, justamente por falta de preparo hospitalar em Una, teve que se mudar para Ilhéus, mas em nenhum momento deixou de cumprir com sua carga horária. Disse também que somente com essas 20 horas/aula não consegue passar seu orçamento. Gilmaria Alves disse que a atitude não teve apoio de seus familiares e que tomou a decisão sozinha para mostrar a ditadura imposta pela prefeita Diane Brito na cidade e que clama por justiça social, palavras da professora.
Vários estudantes, funcionários públicos e colegas da professora apareceram no local tentando sensibilizar a mesma, porém sem sucesso. Alguns estudantes apoiaram a professora e bradavam: “PROFESSOR NA CORRENTE, PREFEITA A CULPA É SUA”.
Procuramos a prefeita, porém sua assessoria disse que a mesma não estava, porém avisaram que o Secretário de Administração apareceria no local, todavia se passou mais de meia hora e o mesmo não apareceu. Fomos então até a secretaria de educação, a recepcionista nos informou que a secretária Rosana Margareth (que também é professora) estava sabendo, que iria se dirigir ao local, mas também demorou e até o momento de fechamento dessa postagem não temos conhecimento de que os dois apareceram no local.
Professora Gilmária Alves "Não faço por política, faço por minha barriga e minha saúde, chega de arbitrariedade." |
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